Na campanha para a Prefeitura de Imperatriz, Rildo Amaral não poupou palavras contra o então prefeito Assis Ramos. Disse que faria auditoria nos cofres públicos e que, se encontrasse irregularidades, colocaria o ex-prefeito na cadeia. A promessa inflamou o debate eleitoral, gerou expectativa na população e ajudou a garantir votos.
Oito meses depois, a realidade é outra: nem auditoria, nem prisão. O discurso forte ficou no palanque e, até agora, nenhuma medida concreta foi anunciada para apurar a gestão anterior. O silêncio e a inércia do atual prefeito geram críticas crescentes, com moradores acusando Rildo de ter usado a pauta do combate à corrupção apenas como marketing eleitoral.
O episódio ganhou um novo capítulo quando Assis Ramos, delegado de carreira, resolveu provocar o sucessor em entrevista a um podcast. Ele não poupou palavras: “Na verdade, o marqueteiro pegou e disse pra ele, fala que não vai prender ele, que o povo vai acreditar. Eu estou há sete meses esperando essa auditoria, há sete meses esperando essa prisão. Eu acho que ele, pela conduta que ele está praticando, fazendo, já estamos no sétimo mês, sem licitação nenhuma, a Imperatriz, talvez eu é que vá prender ele. Porque eu sou o delegado e posso prender ele.“
A fala incendiou o clima político em Imperatriz. O que antes era promessa de “tolerância zero” virou munição para o ex-prefeito atacar. Enquanto isso, a população cobra respostas: “Cadê a auditoria? Cadê a transparência? Cadê a justiça?” Será que tudo isso foi realmente apenas marketing de campanha?
Para analistas políticos, Rildo Amaral corre o risco de ser lembrado como mais um gestor que falou grosso na campanha, mas que, no poder, recuou diante das ações que exigem coragem e compromisso real com a moralidade pública.
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