Eleições de 2026 para o governo, um cenário sem as pedras no tabuleiro político do Maranhão

Tudo o que se fala hoje sobre a eleição para o Governo do Maranhão em 2026 ainda é mais especulação do que certeza. O cenário lembra um tabuleiro de xadrez onde as pedras estão fora de posição e, em alguns casos, nem sequer foram escolhidas. É cedo, muito cedo, para cravar quem será o nome mais forte para ocupar o Palácio dos Leões.

A pesquisa Econométrica trouxe nesta terça-feira (10), um recorte inicial: Eduardo Braide (PSD), atual prefeito de São Luís, lidera com 33,8% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Lahesio Bonfim (NOVO), com 21,3%, Orleans Brandão (MDB), com 17,9%, e Felipe Camarão (PT), com 13,4%. Mas quem conhece o jogo político maranhense sabe que pesquisa agora é apenas uma fotografia de momento e que muita coisa ainda vai mudar. Realizada entre 26 e 30 de maio, o estudo entrevistou 1.321 eleitores em 52 cidades, apresentando uma margem de erro de 2,7% e um nível de confiança de 95%.

Felipe Camarão é o atual vice-governador e herda parte do grupo político que elegeu Carlos Brandão em 2022. Mas até aqui não conseguiu se firmar como nome natural da sucessão.

Orleans Brandão, por outro lado, surge como surpresa. Aliado direto e sobrinho do governador Carlos Brandão, tem ganhado espaço no MDB e pode virar peça-chave dependendo das alianças e da consolidação do apoio do Palácio dos Leões.

Já Lahesio Bonfim mantém boa presença no interior, onde foi destaque na última eleição. Sua força é inegável entre o eleitorado mais conservador e distante dos grandes centros. Porém, ainda enfrenta resistência nas elites políticas e entre os partidos estruturados.

Eduardo Braide, mesmo liderando, ainda não confirmou se será candidato. Prefeito da capital, ele tem visibilidade, mas também carrega o ônus da gestão municipal e precisará driblar desgastes e manter o fôlego até 2026. Se confirmar a candidatura, deve ter um campo favorável entre os indecisos e insatisfeitos com o atual grupo político no poder estadual.

A verdade é que, por enquanto, tudo está no campo das possibilidades. Falta definição de apoios, de partidos, e principalmente, de um consenso dentro da base governista. A ausência de Carlos Brandão na disputa cria um vácuo. E sem um nome claro da máquina, o cenário segue aberto.

Como dizia um velho político de Grajaú, “eleição no Maranhão só começa de verdade quando as comitivas tomam as estradas e o povo sente quem está no jogo pra valer”. Até lá, tudo é movimento de bastidor e o tabuleiro ainda está por montar.



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